Presentemente, em termos de reabilitação regenerativa, o LRN atua em diferentes frentes que são complementares entre si. Dentre os componentes do processo reparativo, contemplam-se medidas que se enquadram em dois grandes grupos nomeados de medicina regenerativa e reabilitação. No primeiro (medicina regenerativa) pode-se listar o emprego de elementos terapêuticos como células tronco, matrizes/arcabouços, fármacos e tecnologias de otimização; no segundo (reabilitação), contempla-se a utilização de atividades físicas, em diferentes meios e com variados protocolos, de acordo com o quadro clínico em questão.
Em relação a aplicação de tratamentos de origem celular, o LRN tem voltado seus esforços a utilização de células tronco, que são um tipo celular caracterizado por duas grandes propriedades: 1) autorrenovação e 2) diferenciação em diferentes tipos celulares. Nesse contexto, contamos com células tronco de diferentes linhagens, como as de origem embrionária e mesenquimal humana, sendo essa última, obtida a partir de diferentes sítios, como de tecido adiposo e polpa dentária. As células de origem adiposa são obtidas, por exemplo, de material dispensado em procedimentos de lipoaspiração, graças a parcerias estabelecidas com médicos e outros profissionais da área da saúde. Prova do efeito promissor das terapias celulares, nos últimos anos, o LRN publicou, em vários periódicos, os efeitos benéficos desse tipo de tratamento (Araújo et al., 2017, Spejo et al., 2018, Mozafari et al., 2018, Castro et al., 2020). Ademais, no LRN, o uso de células relacionadas ao sistema imune (terapia celular por linfócitos) em modelos de lesão nervosa também estão sendo objeto de pesquisa (Bombeiro et al., 2016, 2020).
Associado ou não com a terapia celular, o LRN investiga a aplicabilidade de diferentes tipos de matrizes/arcabouços. Resultado de um campo interdisciplinar e multiprofissional, a engenharia tecidual especializou-se na produção de tecnologias que auxiliam no processo de reparação tridimensional dos tecidos. No contexto do laboratório, após avulsão radicular ou axotomia de um nervo misto, faz-se necessária uma estrutura que permita o reimplante ou a junção (coaptação) término-terminal de cotos de forma efetiva, ou seja, criando um ambiente que não somente reconecte os cotos nervosos no sítio da lesão, mas que permitam processos fisiológicos e biológicos de autorreparo, visando sempre o reestabelecimento funcional.
Currently, in terms of regenerative rehabilitation, the Laboratory of Nerve Regeneration (LRN), which I coordinate, works on different fronts that are complementary to each other. Among the components of the repair process, measures that fall into two large groups named regenerative medicine and rehabilitation are contemplated. In the first (regenerative medicine) one can list the use of therapeutic elements such as stem cells, matrices/ scaffolds, drugs, and optimization technologies; in the second (rehabilitation), the use of physical activities, in different environments and with different protocols, is contemplated, according to the clinical condition in question.
Regarding the application of treatments of cellular origin, the LRN has focused its efforts on using stem cells, which are a cell type characterized by two great properties: 1) self-renewal and 2) differentiation into different cell types. In this context, we have stem cells from different lineages, such as those of human embryonic and mesenchymal origin, the latter being obtained from different sites, such as adipose tissue and dental pulp. Cells of adipose origin are obtained, for example, from material dispensed in liposuction procedures, thanks to partnerships established with physicians and other healthcare professionals. Proof of the promising effect of cell therapies, in recent years, the LRN has published, in several journals, the beneficial effects of this type of treatment (Araújo et al., 2017, Spejo et al., 2018, Mozafari et al., 2018, Castro et al., 2020). Furthermore, in LRN, the use of cells related to the immune system (cell therapy by lymphocytes) in models of nerve damage is also being researched (Bombeiro et al., 2016, 2020).
Associated or not with cell therapy, the LRN investigates the applicability of different types of matrices/frameworks. Resulting from an interdisciplinary and multidisciplinary field, tissue engineering has specialized in the production of technologies that help in the three-dimensional tissue repair process. In the laboratory context, after root avulsion or axotomy of a mixed nerve, a structure is needed that allows the end-to-end reimplantation or junction (coaptation) of stumps effectively, that is, creating an environment that not only reconnects nerve stumps at the injury site, but that allows physiological and biological processes of self-repair, always aiming at functional reestablishment.